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A hora e a vez da economia prateada.

8 min de leitura • 09 de fevereiro de 2021

Você já ouviu falar em economia prateada? Sabe o quanto este segmento deve movimentar nos próximos anos na economia mundial?

Conversamos com a Dra. Joyce Duarte e Pedro Moraes, fundadores da rede de franquias de residenciais sênior Terça da Serra – responsáveis pela gestão de 70 casas de repouso pelo Brasil, com mais de 1.000 leitos e mais de 600 hóspedes. 

Como surgiu essa paixão e o propósito de cuidar de idosos?

Joyce: Eu sou médica, me formei em 2010, pela UNICAMP. Assim que me formei, comecei a fazer algumas especializações, iniciei a residência em clínica. Já durante a faculdade, eu sempre gostei muito de idosos. Na residência, comecei a trabalhar em algumas casas de repouso em Campinas.

Quando eu iniciei esse trabalho, como médica olhando os bastidores dessas casas, eu entendi que não havia nenhuma casa completa. Uma casa com cuidado padronizado, com treinamento, com protocolo.

Eu chegava em casa e até ficava um pouco chocada, conversava com o Pedro, meu marido, e hoje sócio. Eu falava “nossa, preciso começar um projeto, preciso trazer aos idosos um cuidado mais completo e adequado.” 

Comecei a trabalhar em uma cidade bem próxima a Campinas, Jaguariuna. Comecei a dar alta para vários idosos lá, e organizava para eles irem para casas de repouso em Campinas. Isso foi com um idoso, dois, no terceiro eu falei “por que as pessoas não colocam esses idosos aqui nas casas em Jaguariúna?” E percebi que não havia nada na cidade neste sentido. Pensei “pronto, irei fazer aqui!”.

Cheguei em casa, já com a chave de uma casa alugada pro Pedro, e ele como bom economista começou a fazer o plano de negócios. E então, a gente iniciou. Isso foi em 2014. Quando inauguramos a casa, já abrimos com ela cheia.

As pessoas começaram a observar, e notavam ser um serviço bem diferente do que já existia – padronizado, protocolado, com muito treinamento. Vários amigos começaram a ver aquela movimentação, e pedir ajuda para também fazerem suas casas em outras cidades, sabendo do tamanho do público que poderiam atender. 

Conversei com o Pedro e perguntei o que ele achava de fazermos uma consultoria. Na hora, ele me respondeu, “não, isso aí tem cara de franquia.” E assim começamos.

Pedro, como você abraçou esse sonho junto com a Joyce?

Minha primeira formação é como economista, depois eu fiz contabilidade, e fiz toda minha especialização em áreas relacionadas à finanças corporativas.

Trabalhei mais de 15 anos em multinacionais, sempre com esse foco na área de gestão e da parte financeira. E eu fui acompanhando a Joyce desde o começo, inicialmente como marido – compartilhando as decisões do casal – depois quase um consultor em conjunto com ela, compartilhando as melhores práticas que eu conhecia. Até que eu virei sócio do negócio, e atuo desde 2019 exclusivamente na Terça da Serra. 

Por que o nome Terça da Serra?

Essa é uma pergunta que todo mundo faz. Eu sempre trabalhei nas casas que relacionavam os nomes com “vovô, “melhor idade”, e não era o que eu queria. Por ser um projeto diferente, de trazer qualidade de vida ao idoso, trazer esse conceito de extensão da casa dele. Tendo isto em vista, fiquei pensando sobre qual nome dar. Até que um dia, eu estava entrando de carro na primeira unidade, em Jaguariúna, e tem uma pedra enorme escrito “Terça da Serra”. Inicialmente chamava-se Fazenda da Serra, e foi dividida em três partes. O local onde está a nossa primeira casa ficou conhecido como Terça da Serra. Naquela fazenda morava um idoso muito famoso na cidade, conhecido por todos em Jaguariúna. Então lá, o nome fez muito sentido, e depois cresceu para outras regiões.

Vocês começaram em 2014. Como foi lidar com essa barreira – que ainda existe – de que colocar um familiar em uma casa de repouso é sinônimo de abandono? 

Eu costumo dizer que um dos meus maiores sonhos hoje é falar a palavra asilo, e a pessoa não olhar para essa palavra de uma maneira pejorativa. Desde o comecinho, a gente bolou um projeto que é realmente uma casa. Uma casa gostosa, estilo casa da avó, toda organizada para no meio da tarde ter aquele cheirinho de bolo. A família pode visitar o tempo inteiro, e a coisa que eu mais escuto quando um familiar vem visitar é “Nossa, isso é um asilo?! Você mudou totalmente o conceito que eu tinha.” Então, é trazer para nossa realidade um serviço realmente diferente do que era feito antigamente. 

Após vocês abrirem essa primeira unidade em Jaguariúna, a demanda começou a aumentar. A partir deste momento, quais foram os principais passos que vocês deram?

Inicialmente abrimos essa unidade em Jaguariúna, que como falamos já abriu cheia por conta de uma demanda que havia na cidade. Na sequência, fizemos mais duas unidades próprias em Campinas, replicando o modelo de Jaguariúna. E quando vimos essa demanda dos colegas da Joyce querendo investir em alguma coisa, e pedindo uma consultoria, percebemos o potencial que o negócio tinha de se tornar uma franquia. A partir daí fomos atrás de saber se no Brasil ou exterior existia alguma coisa em termos de franquias de residencial para idosos, e encontramos apenas uma empresa nos EUA. 

Aí, fica aquela dúvida, se não tem porque ninguém fez ainda, ou se é porque não dá certo. Então fomos atrás de uma empresa de consultoria em São Paulo para fazer os testes de franqueabilidade e de formatação da franquia, e iniciamos o processo.

Como vocês conseguiram inovar neste setor de casas de repouso? Quais são os diferenciais e como funciona a metodologia que a Joyce desenvolveu?

Nós temos diversos diferenciais em relação ao que existia e existe no mercado hoje. A primeira coisa é em relação à rotina. Como elaboramos uma rotina onde cada idoso tem sua individualidade respeitada, conseguimos fazer um tratamento de bastidor multidisciplinar.

Então, a gente enxerga esse idoso morando no ambiente dele, com vários profissionais olhando pra ele, e para as necessidades individuais que cada um tem. O principal é a individualidade dele, claro que com rotina, protocolos e principalmente com treinamento desses funcionários.

Quando começamos a crescer muito, a gente percebeu que precisávamos estar dentro dessas casas, ajudando aquele franqueado a manter qualidade.

E foi aí que trouxemos um conceito que aliasse idoso e tecnologia. Trouxemos a tecnologia para dentro das casas de repouso. Desde o monitoramento até ficar o tempo inteiro checando os sinais vitais do idosos através de um relógio não invasivo.

Assim, sabemos o tempo inteiro se ele está se movimentando, se está bem. Então a gente tem vários diferenciais, que juntos conseguem fazer toda essa metodologia que a gente criou com o tempo.

Cada vez mais temos ouvido falar sobre economia prateada. O que significa de fato esse conceito, e por que ele tem sido tão abordado? Vocês imaginavam esse potencial desde quando decidiram abrir o negócio?

Joyce: Quando eu comecei eu era uma médica dentro de um hospital, vendo vários idosos e percebendo que o número só crescia. 

Pedro: Foi um pouco empírico. Na verdade, a nossa ideia quando criamos o Terça da Serra eram 3 unidades próprias, não estava em nossos planos fazer uma expansão grande, nem por franquias. Então o que ocorreu foi mesmo uma superação de planos, e oportunidades que foram surgindo. O que enxergamos hoje sobre economia prateada, e aí sim fazendo uma análise sobre os números, é que

atualmente o Brasil tem aproximadamente 30 milhões de idosos, ou seja, 12% de envelhecimento da população, mas em 30 anos serão mais de 70 milhões de idosos, e um percentual da população de 30%.

Então, é um número bastante significativo. E, além de viver mais, estamos vivendo cada vez melhor.

Essa parcela da população acima de 50 anos que é chamada de economia prateada está em busca de serviços, viagens, produtos, educação, alimentação, empreendedorismo e saúde. Não só saúde, como também bem-estar.

Baseado em tudo isso, percebemos que existe um grande potencial de consumo dessa população. E esse consumo está expresso inclusive na internet. Um dado interessante de uma pesquisa da KPMG é de que as pessoas de 50+ já consomem pela internet a mesma quantidade das pessoas de 30 anos. Ou seja, é um público que apresenta muito potencial e não deve ser negligenciado. 

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