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Semenzato: como seu império de franquias se adaptou à pandemia e pretende faturar R$ 3,3 bilhões em 2020

6 min de leitura • 17 de dezembro de 2020

José Carlos Semenzato é presidente do conselho da SMZTO, holding com mais de 2.550 franquias de marcas como Embelleze, Espaçolaser e L’Entrecóte de Paris

Originalmente publicada em: https://www.infomoney.com.br/negocios/semenzato-como-seu-imperio-de-franquias-se-adaptou-a-pandemia-e-pretende-faturar-r-33-bilhoes-em-2020/

SÃO PAULO – José Carlos Semenzato completará 30 anos de carreira empreendedora no próximo ano. A experiência se traduziu em escala: o que começou com uma escola de computação virou uma holding de marcas franqueadoras. A SMZTO reúne 13 empresas, mais de 2.550 lojas em operação e um faturamento projetado de R$ 3,3 bilhões em 2020.

Semenzato hoje é o presidente do conselho de administração da SMZTO. Em entrevista ao InfoMoney, o empreendedor e investidor detalhou sua trajetória, como a holding mudou sua estratégia ao longo dos anos e como as franquias investidas enfrentaram um ano marcado por estabelecimentos de portas fechadas. “A pandemia foi devastadora, mas trouxe oportunidades e aceleramos com elas”, afirma Semenzato.

Da venda de coxinhas a uma holding de franquias bilionária

Semenzato criou sua primeira empresa em 1991 – a Microlins, rede de capacitação profissional voltada a jovens de baixa renda. Esse negócio surgiu após anos de experiências empreendedoras: Semenzato começou a vender coxinhas quando tinha 12 anos de idade, na cidade de Lins, no interior de São Paulo. Aos 15 anos, começou a trabalhar como copiador de documentos (xerox).

A copiadora abriu espaço para a ideia de realizar um curso técnico de processamento de dados. Semenzato terminou o curso por volta dos 17 anos de idade, quando foi chamado para se tornar professor na disciplina de computação. Aos 23 anos, finalmente fundou a Microlins.

“Algo gritava em mim para fazer networking, empreender, encantar o cliente. Percebi que eu tinha uma prestação de serviço e uma venda diferenciada”, diz o empreendedor.

A Microlins entrou no modelo de franquias em 1994. A decisão se provou acertada e a companhia foi além do ensino da computação, tornando-se uma grande rede profissionalizante.

Em 2008, Semenzato fechou a venda de 30% das ações da Microlins para o grupo educacional Anhanguera, então controlado pelo Pátria Investimentos. Em 2010, Semenzato vendeu a Microlins por R$ 110 milhões ao Grupo Multi. A Microlins tinha 750 unidades franqueadas na época, atendendo 500 mil alunos.

“Depois que assinamos a entrega das ações, fui para uma sala com um dos sócios do Pátria, o Daniel Sorrentino. Chorei durante uns sete minutos. Mas foi a única vez que chorei. Depois, olhava a conta bancária e esquecia de chorar na hora (risos)”, conta Semenzato. “Essa foi uma prova de libertação, de que eu nunca mais criaria empresas para ficar com elas indefinidamente. Eu era um acelerador de negócios.”

Semenzato usou os recursos com a venda da Microlins para criar uma holding de franquias, batizada de SMZTO, também em 2010. A SMZTO começou com o Instituto Embelleze, rede de capacitação profissional em beleza fundada por Semenzato e hoje com mais de 350 unidades.

No mesmo ano, o empreendedor investiu em uma clínica chamada OdontoCompany, de São José do Rio Preto. “Havia um sócio apaixonado pelo negócio, pelos processos, pelo modelo de negócio sustentável e potencial de escalabilidade. Vi uma futura Microlins ou Embelleze. Foi copiar e colar a estratégia que tinha com essas duas redes, porque os públicos eram parecidos, apesar dos setores serem diferentes”, diz Semenzato. Hoje, a OdontoCompany é uma rede de franquias e tem mais de 800 unidades.

A SMZTO tem participação em 13 marcas franqueadoras atualmente. Além de Embelleze e OdontoCompany, são nomes como Casa XEspaçolaserL’Entrecóte de Paris e Oakberry.

Private equity e tecnologia: nova SMZTO

Com mais de 560 unidades, a Espaçolaser é a primeira marca do grupo a preparar uma oferta pública inicial de ações. A marca de depilação protocolou seu pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em novembro deste ano. A SMZTO investiu na Espaçolaser em 2015, quando a rede tinha 35 unidades.

A decisão foi um ponto de virada na estratégia na holding, diz Semenzato. A SMZTO decidiu entrar em negócios mais maduros, que precisavam de algumas mudanças em governança e em estratégia para escalar. O modelo se aproxima ao dos fundos de private equity.

Semenzato olha para negócios feitos por um sócio “apaixonado e com propósito”, inseridos em setores em voga e com cerca de 20 a 30 unidades em operação. Outra condição é um EBITDA (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) acima de R$ 3 milhões por ano. Segundo Semenzato, a partir desse patamar, a avaliação de mercado (valuation) da empresa pode ser de entre cinco e sete vezes o valor de seu EBITDA.

“Nos quatro primeiros anos da holding, eu achava que era mais barato e fácil e criar uma empresa do zero. Fundei a Microlins e a Embelleze com muito trabalho e expertise em aglutinar pessoas. Esses negócios cresceram e viraram impérios com quase zero investimento. Mas essas foram exceções. Aos poucos, estamos virando nossa chave para o private equity”, diz Semenzato.

A SMZTO começou a captar investimentos externos. Criou um fundo de investimento em participações (FIP), veículo usado por fundos de venture capital e private equity (saiba mais sobre essa aplicação financeira).

O FIP da SMZTO foi aberto apenas para investidores qualificados (que têm patrimônio investido maior ou igual a R$ 1 milhão, ou um certificado). “É o perfil de quem pode esperar de cinco a sete anos pelo retorno do seu investimento e tem ciência de que private equity é para médio a longo prazo. Queremos entrar com uma rentabilidade acima de 30% ao ano, e para isso precisamos de tempo”, diz Semenzato.

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