Tendências de mercado para 2023

Diretor de investimentos e sócio do grupo SMZTO, Renan Brito compartilha as mudanças em tendências de comportamento e mercado que já estão acontecendo, e devem moldar cada vez mais a economia e o consumo no cenário de 2023 e nos próximos anos.

Muitos fatores impactam na hora de definir o que é uma franquia lucrativa. Entre as melhores estratégias para se ter sucesso, está observar para onde o planeta e a sociedade estão caminhando.

O consumo irresponsável, antes visto como habitual, vem sendo cada vez mais substituído por hábitos de vida conscientes. As pessoas querem conhecer toda a cadeia por trás da produção de um produto, suas práticas de sustentabilidade e relação com colaboradores e fornecedores.

Agora, o capitalismo entra em um momento onde a ideia de lucro a qualquer custo perde cada vez mais espaço diante de novas formas de pensar, ver, agir e consumir. Segundo pesquisa global Kantar 2022:

• 64% das pessoas querem fazer mais pelo planeta e pelo meio ambiente.
• 58% dos consumidores de 28 países escolhem uma marca de acordo com os valores e crenças que ela adota – The 2022 Edelman Trust Barometer
• 44% das pessoas querem consumir menos água para impactar o planeta positivamente – Pesquisa Voice of the consumers Lifestyles, 2021.

A Economia Circular na prática

Não é segredo para ninguém que o setor fashion é um dos maiores poluidores mundiais, ficando atrás somente da indústria petrolífera – que por sua vez é uma das grandes fornecedoras do campo têxtil. Fonte – Steal the look

Neste sentido, a economia circular é outra tendência de mercado que ganha força. Hoje mais de 50% das pessoas pertencentes à geração de 18 a 24 anos já consome regularmente produtos semi-novos.

Uma tendência irreversível e que ganhará cada vez mais consumidores principalmente entre o público mais jovem. Este consumo, além de benéfico ao meio ambiente, é muito mais racional, dado que possibilita acesso a bons produtos por um preço inferior a 50% do valor de um novo.

“A mudança de comportamento do consumidor tem feito com que ele dedique cada vez mais parte do seu orçamento para compras conscientes e de qualidade. Neste sentido, a Peça Rara tem se destacado e tem um grande mercado para explorar”, afirma José Carlos Semenzato, fundador e presidente do Conselho da SMZTO.

De olho nesta tendência, a rede de brechós Peça Rara recebe investimento da SMZTO, fundo de private equity especializado em franquias, desde 2021. Depois de chamar a atenção do empresário José Carlos Semenzato, a marca que fatura R$ 37 milhões com a venda de peças usadas ganhou uma nova sócia: a atriz Deborah Secco. Leia aqui a matéria sobre esta parceria.

Secco começou a pesquisar sobre o tema e conheceu a rede de franquias Peça Rara, fundada há 15 anos pela empreendedora Bruna Vasconi, em Brasília, e que compõe o portfólio da SMZTO.

“Eu fiquei encantada com o trabalho da marca. Todo o discurso de sustentabilidade e consumo consciente é aplicado na prática.”

Uma luz no fim do túnel

A necessidade cada vez maior de fontes de energias renováveis e matrizes energéticas mais independentes acentuada após pandemia e guerra da Ucrânia, está fazendo alguns países como os EUA criarem planos ambiciosos neste sentido. O Governo Biden anunciou que até 2050 quase 50% da matriz energética americana será de energia solar. Aqui no Brasil, a ideia é saltar de 2% de representatividade para 10% até 2030.

Este crescimento é impulsionado não só pela maior demanda, mas também pela redução nos preços dos insumos, maior difusão de produtos financeiros destinados a financiar a instalação de placas solares, potencial de incidência solar do Brasil e a maior popularização do setor de energia solar como um todo. O mercado deve crescer acima de 80% nos próximos anos e é uma ótima oportunidade de investimento.

Neste contexto, a HCC energia solar chamou a atenção da SMZTO.
Saiba mais sobre esta parceria lendo a matéria.

A HCC faturou R$ 160 milhões no ano passado e projeta fechar o ano com quase o dobro, R$ 300 milhões. No ritmo atual, é possível: em 12 meses, a receita está em R$ 240 milhões.

O CEO da SMZTO, Bruno Semenzato, destaca que a HCC possui em sua origem o DNA técnico de projetos em engenharia que permite à empresa navegar em diferentes perfis e portes de clientes: de projetos públicos à indústria, do pequeno comércio ao agronegócio e até residências.
E é isso, em sua avaliação, que a diferencia da concorrência, em geral focada em instalações menores ou domésticas.

“Hoje o breakdown de faturamento da empresa é bastante diversificado e inclui projetos de grande porte, com pipeline robusto, trazendo uma resiliência que, para nós, é altamente valiosa.”

A economia prateada que vale ouro

Outra tendência secular é o envelhecimento populacional. O Brasil tem hoje mais de 30 milhões de idosos, e deve chegar a 50 milhões até 2030.

À medida que vamos nos aproximando da pirâmide etária de países mais desenvolvidos vamos também desenvolvendo necessidade e oportunidades de negócios similares aos desses países, que estão há alguns anos na nossa frente. Saiba mais sobre a economia prateada.

É o caso das instituições de longa permanência e serviços de assistência a idosos, que tem como grandes expoentes empresas como a ORPEA, líder mundial neste segmento, com mais de 1.000 unidades físicas no mundo.

Tanto as ILPis como home care e unidades de cuidados mais intensivos como os hospitais de transição são negócios que devem crescer muito, e merecem grande atenção.

Neste cenário, o grupo Terça da Serra – rede de residenciais fundada em 2014, é uma grande aposta da SMZTO. José Carlos Semenzato, enxerga um enorme potencial na empresa. Segundo ele, a demanda por serviços como o que o Terça da Serra oferece vai crescer muito.

“As boas soluções focadas na famosa ‘geração prateada’ ainda são escassas em todos os segmentos aqui no Brasil. A empresa hoje é a maior rede do segmento em número de unidades, por isso acreditamos ser a melhor plataforma para capturar esse potencial de mercado”, afirma Semenzato.

Paixão por pets em 2023

O setor de higiene e embelezamento de animais domésticos cresceu 316% nos últimos seis anos, segundo o Data Hub. É um mercado enorme, resiliente e ainda com amplo potencial de crescimento, que também entra no rol de negócios lucrativos.

66% dos brasileiros têm ao menos um pet em casa e apenas 40% dos pets consomem alimentos processados.

Existe uma forte tendência do tratamento de animais como parte integrante das famílias, e isso se reflete no crescimento e na resiliência do setor mesmo em tempos de instabilidade no mercado, em que o crescimento do mercado foi acima da média de vários outros setores.

No caso da Petlove e outros investimentos que entraram no radar, Semenzato vê a oportunidade para companhias nativas digitais explorarem o mundo físico – e por que não com franquias, especialidade da casa.

“Fizemos três investimentos mais recentes e que estamos super animados, na Petlove, na Peça Rara e na Terça da Serra, maior rede residencial sênior do país. Temos olhado para companhias 100% digitais, que pensam em incluir outros canais, e para companhias que hoje só têm rede própria e podem ter braço de franquias”, Bruno Semenzato – CEO do grupo SMZTO.

Trata-se de um mercado muito pulverizado, e com baixa penetração do online – aproximadamente 50% do faturamento do setor vem de petshops. A penetração do online ainda é baixa – 5-10% de penetração, distante dos 30% nos EUA e cerca de 50% na China.